PS do Baixo Alentejo exige de forma “desavergonhada” o que os governos socialistas não fizeram- Gonçalo Valente
O PS do Baixo Alentejo quando exige a este governo a reposição da ligação entre Beja e a Funcheira, a continuação da A26 e o IP8 até Ficalho está de forma “astuta e completamente desavergonhada” a exigir o que os governos socialistas em 8 anos não fizeram. A ideia vem expressa numa nota de imprensa, assinada pelo deputado do PSD eleito por Beja, Gonçalo Valente.
Foto: O Atual
O deputado social-democrata relembra as palavras de António Costa em 2019 “a linha Beja Funcheira não é uma prioridade e não está no programa ferrovia 2020, nem no Programa Nacional de Infraestruturas” e que “esta linha não está prevista nem para daqui a 10 anos”.
É também recordado que “foi durante o governo socialista de José Sócrates que a decisão de desmantelar esta linha foi tomada, pelo motivo de ter poucos utilizadores e dessa forma não ser sustentável”. Gonçalo Valente questiona “onde fica a coesão territorial e a ligação direta ao Algarve, maior região turística do país, oferecendo assim maiores oportunidades de trabalho?”
Afirma ainda o deputado do PSD que “agora, passados 8 anos de governação onde nada fizeram para emendar o erro, tendo essa oportunidade única, vêm de forma astuta e completamente desavergonhada exigir a este governo que faça aquilo que eles próprios não quiseram fazer e que foi assumido perentoriamente por quem tinha total poder de decisão.”
Gonçalo Valente considera ainda que aquilo que o PS do Baixo Alentejo veio reivindicar para si relativamente ao IP8, “a reabilitação de uma estrada nacional, melhora o que existe, é verdade, mas é muito redutor daquilo que precisamos, exigimos e merecemos”.
A decisão do governo socialista de partir para esta solução é, para Gonçalo Valente, “uma maneira airosa de desistir da obra que consideramos estrutural e impulsionadora da região, a A26", por isso, garante que tudo fará para sensibilizar o governo a considerar a A26 como “uma necessidade extrema e necessária para uma região que tem um enorme potencial, sendo as más acessibilidades a razão maior do impedimento do nosso crescimento, competitividade e desenvolvimento.”
Em jeito de conclusão, Gonçalo Valente afirma que “tudo aquilo que esqueceram, não fizeram e desprezaram é o que impõem e exigem a este governo” e que “tem de haver mais decoro e responsabilidade quando proferimos determinadas declarações, pois quando tentamos omitir o nosso passado recente e o tentamos descaracterizar para encontrarmos justificações infundadas, acabamos por cair no ridículo e não merecer o respeito das nossas comunidades.”