O processo é desencadeado pelo Secretariado Nacional que definirá as orientações estratégicas a comunicar às Federações Regionais.

Certo é que a escolha dos cabeças de lista e de um terço dos lugares será da responsabilidade de António Costa.

Ainda de acordo com os estatutos do Partido Socialista, compete às comissões políticas distritais indicarem os restantes dois terços da totalidade dos candidatos, podendo em caso de divergência ser avocado pela Direção Nacional todo o processo de construção da lista.

A competência final para a aprovação das listas de candidatos é da Comissão Política Nacional.

Nas últimas Eleições Legislativas (2019), o critério que prevaleceu por parte do PS para a escolha dos candidatos, foi a continuidade dos candidatos apresentados na eleição anterior (2015).

São ainda critérios a ter em conta para indicação dos candidatos, a avaliação do trabalho desenvolvido, no caso de já serem deputados, bem como o respeito e assinatura do Compromisso de Ética.

Determinante, em função da Lei da Paridade, será também a obrigação de cumprir a representação mínima de 40 % de cada um dos sexos.

Pelo círculo eleitoral de Beja o PS apresentou em 2019 como cabeça de lista Pedro do Carmo, seguido de Telma Guerreiro e Jorge Rosa.

A manter-se o critério de 2019, Pedro do Carmo deverá voltar a encabeçar a lista do PS por Beja.

Já em relação aos restantes lugares a decisão afigura-se mais discutível já que Telma Guerreiro, a atual deputada que em 2019 foi número dois da lista, terá em Nelson Brito, o atual líder da Federação do Baixo Alentejo do PS, um eventual concorrente, já que nos últimos anos tem sido o líder da Federação a encabeçar a lista, o que a acontecer relegaria para número dois Pedro do Carmo, facto que não é expectável face à relevância que este assume hoje no aparelho socialista.

As Eleições Legislativas antecipadas estão marcadas para 30 de janeiro e até ao momento apenas o PCP anunciou o seu cabeça de lista por Beja, que volta a ser o atual deputado João Dias.