Recém-eleito presidente da Liga dos Bombeiros promete mudanças e “estilo diferente”
O recém-eleito presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, prometeu um “projeto de mudança” e um “estilo diferente”, avançando que vai estar “mais próximo” dos bombeiros e na resolução dos problemas.
“Este projeto é de mudança. Queremos olhar para as coisas de forma diferente (…). Temos um estilo diferente, queremos estar mais próximo dos associados, queremos estar mais próximos da resolução dos problemas. Temos um conjunto de iniciativas que vamos levar por diante no sentido de aproximar a Liga dos corpos de bombeiros e resolver os seus problemas”, disse à agência Lusa António Nunes.
O antigo inspetor-geral da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) foi eleito no sábado presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses no congresso ordinário da instituição, sucedendo a Jaime Marta Soares, que estava no cargo há 12 anos.
António Nunes, que deverá tomar posse a 08 de janeiro de 2022, afirmou que a sua direção não tem “propriamente prioridades estabelecidas”, mas sim um programa de ação com todos os temas necessários para a resolução dos problemas do setor dos bombeiros.
“Não há uma prioridade, uma vez que existe um conjunto de temas que vão ser colocados em cima da mesa e é desse diálogo que temos de efetuar com as várias entidades, nomeadamente com o Ministério da Administração Interna, que depois será possível ter uma perceção daqueles que podem andar mais depressa ou mais devagar”, precisou.
Entre os temas importantes, o recém-eleito presidente da LBP traçou a sustentabilidade financeira dos corpos dos bombeiros, o comando nacional operacional e as questões do estatuto do voluntariado e da alteração dos valores dos seguros.
António Nunes, atual presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), cargo que vai deixar este mês, destacou também como “prioridade absoluta” a Escola Nacional de Bombeiros que deve ser colocada ao serviço dos bombeiros.
Sobre o relacionamento com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), António Nunes prometeu diálogo, mas avisou que “há uma linha que não é aceite” pela LBP, o facto de os bombeiros não terem o seu comando nacional autónomo.
O recém-eleito presidente da LBP já exerceu também funções de inspetor superior de bombeiros no extinto Serviço Nacional de Bombeiros e foi presidente do extinto Serviço Nacional de Proteção Civil.
Fundada em 1930, a LBP é a Confederação das associações e corpos de Bombeiros voluntários ou profissionais, e tem 469 associados.