Regantes de Alqueva criticam “desperdício imperdoável” de água com simulação de caudal de cheia
A notícia que dá conta que Alqueva vai “libertar” 45.000.000 de m3 de água para uma simulação de caudal de cheia, a partir de hoje e até quinta-feira, é contestada pelos regantes de Alqueva que falam em "desperdício imperdoável" numa altura de seca.
Em nota de imprensa, é recordado que “já o ano passado,
2023, fizeram outra simulação de cheia, com o deitar ao mar de outra vez 45 000
000 m3.”
Entre as duas “libertações”, afirmam “perdeu-se água
suficiente para encher completamente a barragem do Roxo, estando vazia, ou 75%
da barragem de Odeleite, por exemplo”. Por isso perguntam “Que dirá o Algarve,
em situação aflitiva, deste ver passar a água para o mar?”
Os regantes dizem ainda que “não estamos a falar do caudal
ecológico diário, desde sempre assegurado com bastante folga. Falamos de desperdício
imperdoável de um recurso escasso e vital.”
Para os regantes “simular cheias, quando o problema é a seca, a falta de água. Tem um nome: ausência de capacidade de Gestão.”
As críticas à Autoridade Nacional de Regadio e à EDIA não se ficam por aqui consideram que “promovem dotações mesquinhas para a rega das culturas, que ameaçam as culturas em “precário” com a sua extinção, que aumentam o preço da água, que “lamentam” a ineficiência dos sistemas e as percas, que aumentam o preço da água, que dificultam ao máximo a substituição de culturas, que põem empecilhos a aumentos do perímetro e á integração dos precários.”