Reservas de sangue “ligeiramente abaixo" dos níveis habituais
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) informou ontem que as reservas de sangue estão “ligeiramente abaixo dos níveis habituais nesta época do ano”, mas permitem “dar resposta às necessidades dos doentes”.
O IPST adianta em comunicado que “o atual planeamento de Sessões de Colheita e respetivas previsões antecipam uma melhoria da situação”, indicando que “um erro na atualização das reservas de sangue em dador.pt está na origem da questão de uma eventual escassez de dádivas de sangue”.
“Assim, à data de hoje, os dias de reserva estratégica nacional, considerando as reservas existentes nos hospitais e no IPST, situavam-se entre 21 e 50 dias considerando a reserva de concentrados eritrocitários dos hospitais e entre sete e 35 dias considerando a reserva de concentrados eritrocitários do IPST”, esclarece o documento.
Os grupos sanguíneos mais afetados são o “A negativo”, o “O negativo” e o “O positivo”.
O IPST destaca a necessidade de “dádiva regular e faseada ao longo do ano, uma vez que nos hospitais portugueses são necessárias cerca de mil unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias”, sendo que os componentes "têm um tempo limitado de armazenamento (35 a 42 dias para os concentrados eritrocitários, cinco a sete dias para as plaquetas)".
Além disso, “os dadores de sangue, sendo homens, só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e, sendo mulheres, de quatro em quatro meses”, acrescenta o instituto.
O IPST apela para que “todos os que estejam em condições” de dar sangue o façam, sublinhando que “uma única dádiva de sangue pode contribuir para ajudar a salvar até três vidas”.
Para ser dador de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos (o limite de idade para a primeira dádiva é os 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 kg e ter hábitos de vida saudáveis.