A intersindical tem apelado à intensificação da luta e à mobilização dos trabalhadores e pensionistas para participarem nesta semana de luta, que prevê ações nos locais de trabalho, empresas e serviços, tanto no setor público como no privado.

Para segunda-feira estão previstas manifestações em Alcácer do Sal, Seixal e Évora, na terça-feira em Beja e na quarta-feira em Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Santarém, Setúbal e Covilhã.

Segue-se na quinta-feira uma manifestação em Almada, na sexta-feira manifestações em Portalegre e em Lisboa e, no sábado, em Faro e em Aveiro.

A semana de luta foi anunciada em 26 de outubro numa conferência de imprensa pela secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, em Lisboa.

Isabel Camarinha avisou que a luta iria intensificar-se perante as opções do Governo para a valorização salarial dos trabalhadores e dos pensionistas que, no seu entender, não servem para repor o poder de compra face ao aumento dos preços e face ao "aproveitamento que está a ser feito pelos grandes grupos económicos".

Para a CGTP, os acordos assinados entre o Governo e as estruturas da UGT, tanto na Concertação Social como com os sindicatos da função pública, aos quais a CGTP não se vinculou, vão resultar num "autêntico corte" dos salários face ao custo de vida.

O acordo de médio prazo assinado na Concertação Social no início do mês com os parceiros sociais, à exceção da CGTP, prevê um referencial de aumentos salariais de 5,1% para 2023 e fixa o salário mínimo nacional em 760 euros (face aos atuais 705 euros).

Para a função pública estão previstos aumentos salariais de pelo menos 52 euros em 2023.

A CGTP reivindica aumentos salariais de 10% com um mínimo de 100 euros por trabalhador e a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros.


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