Sérgio Godinho na Biblioteca de Beja
Sérgio Godinho vai estar esta noite, às 21.00 horas, na Biblioteca Municipal José Saramago em Beja, a participar numa sessão de apresentação do seu livro de poemas e fotografias “Palavras são imagens são palavras”.
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte
anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genéve durante dois
anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi ator
de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960.
É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais trinta até
aos dias de hoje. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes
dos últimos quarenta e cinco anos.
Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.» O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles!), séries de televisão, histórias infantojuvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por Um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos. Estreou-se na ficção com Vidadupla, um conjunto de contos publicado em 2014, a que se seguiu o seu primeiro romance ,Coração Mais Que Perfeito, depois Estocolmo.
Todos conhecemos letras de algumas canções de Sérgio Godinho, que em cada uma das suas composições conta uma pequena história, apanha e amplifica um momento do quotidiano ou da intimidade, ou capta com ironia (e também lirismo e sabedoria) uma porção do espírito do tempo, individual ou coletivo.
Neste livro, as letras ou os poemas não darão origem a canções, mas a imagens - as que Sérgio Godinho procurou ativamente, ou que foi registando espontânea e aleatoriamente e que vieram a encontrar a «sua» letra. O diálogo que assim se estabelece entre poemas e fotografias atravessa os temas da viagem, do amor, da memória, da arte, produzindo instantâneos de pessoas, lugares, animais, e de acontecimentos diários ou únicos e irrepetíveis. (Editora Bertrand)