Serpa: ADPM promove workshop sobre combate à desertificação no Baixo Alentejo
“Degradação dos solos: estratégias públicas para a neutralidade” é o mote para um workshop que a Associação de Defesa do Património de Mértola vai promover, hoje, no espaço Musibéria, na cidade de Serpa.
A iniciativa que
decorre entre as 9.30 e as 13.00 horas, surge em colaboração com a Câmara Municipal
de Serpa e dirige-se a técnicos de autarquias embora esteja aberta a todos os
interessados.
Com 94% de
suscetibilidade à desertificação, os municípios do Baixo Alentejo necessitam de
implementar estratégias que permitam atingir a “neutralidade da degradação dos
solos” (Land Degradation Neutrality), um conceito definido pela Convenção das
Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) que tem como objetivo
promover um equilíbrio entre a degradação do solo e a sua recuperação.
Este é o segundo
workshop dedicado à temática “Desertificação e Políticas Públicas no Baixo
Alentejo: respostas locais para um problema global”. No primeiro, participantes
de autarquias e entidades diretamente relacionadas com o ordenamento, gestão do
território e conservação da natureza, definiram objetivos de combate à
desertificação.
Hoje os participantes
são desafiados a contribuir com soluções concretas e implementáveis à escala
local. Criar um documento de orientação estratégica e política, que facilite a
tomada de decisão a nível local e regional é o principal objetivo.
Esta iniciativa surge no âmbito do projeto LIFE Desert-Adapt, confinanciado
pelo programa LIFE da União Europeia, que visa desenvolver, demonstrar e
promover estratégias e técnicas para adaptação às Alterações Climáticas de
áreas mediterrânicas sob risco de desertificação, para adaptação às alterações
climáticas em áreas mediterrânicas sob risco de desertificação.
De maneira a testar técnicas para reverter a degradação do solo, ao longo do projeto foram intervencionados 300 hectares nos concelhos de Mértola, Serpa e Beja, foi também criada uma “Rede de Replicadores”, com cerca de 40 entidades privadas e públicas envolvidas, comprometidas a implementar um “Modelos de Adaptação à Desertificação” em mais de 3000 hectares. A principal ideia do projeto é promover um uso do solo mais eficiente, reduzir a sua erosão e promover a sua conservação.