Serpa: Encontro de Culturas ruma hoje a Brinches
Apostado na descentralização das iniciativas por todas as freguesias do concelho, o Encontro de Culturas leva hoje dois concertos a Brinches. Pelas 19:30h, no Largo do Adro, atua SENZA e às 22:30h, na Praça da República, atua Joana Espadinha.
Os SENZA, são músicos e viajantes, compõem canções inspiradas nas viagens e na visão que trazem do mundo, tendo conquistado mais de 100 palcos desde a Índia, Estados Unidos da América, China, Timor, Brasil, México, e algumas dezenas na Europa e em África.
Mas não são só os sons e as histórias de viagem que dão forma a um concerto de SENZA. Dentro e fora das canções são trazidas reflexões sobre o mundo e sobre as questões emergentes da sociedade. A sustentabilidade, a igualdade, a inclusão e a justiça social são abordadas numa linguagem abrangente, envolta numa textura sonora positiva: uma sonoridade única, quente, evocativa, com uma instrumentação colorida e cheia de identidade. Um concerto de SENZA é sempre uma partilha e um diálogo inovador com o público, com pinceladas exóticas e ritmos dançáveis.
Depois das parcerias com músicos como Rão Kyao e Júlio Pereira, contam com a participação de Carlão num single.
Para as 22:30h, na Praça da República em Brinches, está marcado o concerto de Joana Espadinha.
“Ninguém Nos Vai Tirar O Sol” é o título do álbum e, simultaneamente, a primeira canção revelada por Joana Espadinha, em 2021. Um título que não é seguramente inocente face à esperança que as composições que as cantautoras sempre nos transmitem. Nunca, de uma forma oca ou leviana, mas antes com a acutilância e um sentido de observação raro, que fazem de Joana Espadinha uma referência na escrita de canções no nosso País.
À entrada do verão de 2021 a surpresa foi “Mau Feitio”, o segundo tema a ser revelado. “A pop contagiante de Joana Espadinha está de volta com "Mau Feitio", leu-se, e não podia ser mais apropriado. De facto, Joana Espadinha tem a capacidade de, a partir de uma matriz musical eminentemente pop (leia-se também “popular”), encaixar palavras e ideias de que muitas vezes fugimos, só por não as conseguirmos transmitir, por receio de dramatismo ou por embaraço emocional. Assim são as grandes canções. E “Ninguém Nos Vai Tirar O Sol” confirma-o.
Em palco, a viagem é dominada pelo repertório do novo álbum com as obrigatórias e prazerosas incursões pelos outros discos. A experiência de assistir a um espetáculo de Joana Espadinha abre à descoberta de uma intérprete de especiais recursos e sensibilidade, acompanhada por uma banda irrepreensível.