Foto: Musibéria

"Res íntima: el órgano de la podredumbre blanca" é um solo de dança contemporânea “que nasce do desejo do próprio corpo de se libertar de si mesmo, de desalojar a sua biografia e ressignificar a intimidade como um potencial revolucionário no seu uso público”. 

Irene Ducajú Mayans, bailarina e criadora espanhola, descreve que “este é um projeto que representa uma proposta tanto vital como artística e social. Do ponto de vista vital, dispor da minha identidade como material com o qual trabalhar artisticamente, abrir os meus recantos sagrados para fazer um uso desrespeitoso, ousado, ridículo, alterado deles, permite-me desarraigar-me e distanciar-me dessa identidade. Do ponto de vista comunitário (como exercício cénico), tenho uma fé profunda de que presenciar um ato de liberdade convida à liberdade, de que presenciar um ato de fragilidade e vulnerabilidade reconcilia-nos com essas capacidades, e este trabalho propõe livrar-se publicamente do “ter-a-certeza-de-que-se-sabe-o-que-se-é”. Tem essa pretensão: reconciliar com o vulnerável e convidar à liberdade”.

A artista é também a criadora e intérprete do espetáculo, que conta com Manolo&Benito no Espaço Sonoro e Ana Perez-Nievas no Olhar Externo. 

Além desta performance, no próximo dia 23 de novembro, o Musibéria, Centro Cultural em Serpa, é também “casa” para o espetáculo de dança “Crystal”, uma estreia da nova produção da coreógrafa e bailarina Amélia Bentes.

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