Sexta-feira é dia de greve geral
Está marcada para a próxima sexta-feira uma greve geral convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública. Um protesto que surge uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023.
Os sindicatos acreditam que esta greve vai ter uma grande adesão e deverá afetar vários setores como a educação ou a saúde, assim como, diversos serviços da administração local.
A greve surge, porque segundo os sindicatos, os trabalhadores não aceitam continuar a empobrecer. A Frente Comum diz que a proposta do governo de aumentos salariais de 3,6%, "quando a inflação prevista se cifra agora nos 7,8% para este ano, e para o próximo ano não vai estar a zero", é "uma proposta de empobrecimento" que os trabalhadores não podem aceitar.
Os trabalhadores da administração pública apresentaram uma proposta reivindicativa de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros. Consideram que este aumento permitiria “não haver perda de poder de compra e alguma recuperação em relação àquele que se vem perdendo já desde 2009”.
O Governo tem orçamento e tem “aliás, mais disponibilidade financeira", além de "um crescimento previsto acima da média e das suas primeiras previsões”, insiste a Frente Comum, que defende que o executivo de António Costa tem condições para alterar a proposta inscrita no Orçamento de Estado até ao dia da votação final global.
Segundo Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, os trabalhadores “vão desenvolver a sua luta e não vão ficar calados a assistir a mais um ano, e ainda por cima de uma maneira muito aguda, de perda de poder de compra”.