Sines pode produzir "dois gigawatts" de energia renovável no mar
O secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, disse hoje que Sines tem condições para vir a produzir “cerca de dois Gigawatts (GW)” de energias renováveis oceânicas, contribuindo para a transição energética em curso.
“Sines poderá almejar vir a ter nos próximos tempos cerca de dois GW de energias renováveis oceânicas que é também um fator muito importante de desenvolvimento daquilo que são as alterações climáticas e da transição que estamos a fazer em termos energéticos”, disse.
O secretário de Estado do Mar falava aos jornalistas à margem da 5.ª edição da Feira do Mar, evento organizado pelo Sines Tecnopolo e pela Câmara Municipal de Sines sobre empreendedorismo, turismo, portos e logística, formação e inovação.
Questionado sobre possíveis investimentos, na área das energias renováveis oceânicas, neste território, José Maria Costa, explicou que se trata de “projetos ligados a parques eólicos 'offshore' que poderão ter, inclusivamente, a produção de hidrogénio verde”.
De acordo com o governante, o grupo de trabalho interministerial, que envolve as secretarias de Estado do Mar, do Ambiente e da Energia e das Infraestruturas, “começou a funcionar”, esta segunda-feira, com o objetivo de “dimensionar o potencial eólico disponível” na nossa costa.
“Estamos a falar de 10 GW a nível nacional, [sendo que] o potencial existente no mar de Sines é de dois gigawatts”, precisou.
O trabalho do grupo engloba também a adaptação das “infraestruturas portuárias” aos “novos desafios”, assim como a “renovação e qualificação das infraestruturas elétricas de transporte”.
“E tudo aquilo que vai ser uma fileira industrial que se vai constituir em torno da construção destas infraestruturas e do potencial tecnológico e da transferência de conhecimento que estão associados”, acrescentou.
O governante referiu ainda que, em Sines, “há uma forte visão estratégica de todos os atores e um forte alinhamento com aquilo que são os desígnios nacionais” que permitirão “transformar o Alentejo” e “criar condições” para “ter mais emprego, mais qualificação e qualidade de vida”.
O Governo assumiu a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico ‘offshore’ de 10 GW em 2030, que será atribuída através de leilões.