Só 50 dos 308 municípios com evolução positiva da população - estudo
Em 10 anos, apenas 50 dos 308 municípios de Portugal registaram uma evolução positiva da população, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa (AML), em 14 concelhos num total de 18, e no Algarve, com 11 em 16. Barrancos teve decréscimo populacional de mais de 20%.
De acordo com o estudo “O que nos dizem os Censos 2021 sobre dinâmicas territoriais”, apresentado, na última quarta-feira, no Instituto Nacional de Estatística (INE), em Lisboa, os municípios de Lisboa e do Porto tiveram decréscimos populacionais, de -1,25% e -2,44%, respetivamente, entre 2011 e 2021.
Na AML, surgiram alguns municípios com aumentos populacionais superiores a 5%, nomeadamente Mafra (+12,82%), Palmela (+9,58%), Alcochete (+8,96%), Montijo (+8,71), Sesimbra (+5,83) e Seixal (+5,21%), enquanto na região algarvia destacaram-se aumentos em Vila do Bispo (+8,73%), Albufeira (+8,17), Lagos (+7,87%), Portimão (+7,61), São Brás de Alportel (+5,50%) e Tavira (+5,18%).
Da sub-região do Cávado surge o município de Braga (+6,52%) e, no Alentejo Litoral, surge o município de Odemira (+13,32%), que apresenta o valor mais elevado do país.
Na Área Metropolitana do Porto, apenas os municípios de São João da Madeira, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Valongo e Vila Nova de Gaia tiveram aumentos populacionais na ultima década, mas com valores inferiores a 2%.
Em 12 das 25 sub-regiões NUTS III (entidades intermunicipais e as duas regiões autónomas), maioritariamente no interior do país, registaram-se taxas de variação negativas da população em todos os municípios.
Barrancos (-21,59%), no Baixo Alentejo, Tabuaço (-20,72%) e Torre de Moncorvo (-20,37%), ambos na sub-região do Douro, e Nisa, no Alto Alentejo (-20,11%), perderam, na última década, cerca de 20% da sua população.