O projeto resulta de um protocolo de cooperação entre a SOMINCOR, concessionária das minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, o UNINOVA-Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a ULSBA-Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, em Beja, revelou a empresa mineira, em comunicado enviado à agência Lusa.

Estas três entidades criaram uma equipa multidisciplinar, financiada pela Somincor, a que se juntaram também investigadores do Instituto Politécnico de Beja, que está a desenvolver um sistema robotizado “100% nacional e economicamente acessível”.

O projeto tem uma duração prevista de seis meses e o objetivo é que o robô, designado por “Júlia 1” e que “combina as características de diferentes dispositivos existentes no mercado”, consiga “descontaminar, de forma prática e eficiente, espaços de grande dimensão, como unidades de saúde, fábricas, escritórios ou centros comerciais.”

“A solução, que recorre a radiação ultravioleta, permite uma desinfeção do ar e superfícies de forma eficaz, segura e autónoma”, garantiu a Somincor, no comunicado. Segundo Kenneth Norris, administrador-delegado da Somincor, o projeto vai “contribuir para o combate” ao “flagelo” da Covid-19, “que atinge não só o Baixo Alentejo, mas todo o território nacional”.

“Acreditamos nas potencialidades deste projeto e nas condições que tem para chegar a todo o país”, acrescentou o gestor canadiano, citado no comunicado. Kenneth Norris disse ainda que o “Júlia 1” é “um dispositivo sustentável que utiliza tecnologia verde (livre de ozono)”, ou seja, um dos “valores essenciais para a Somincor”.

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