Em edição de autor revista por Cristina Taquelim, INFINITO [isto não é um livro] surgiu do “colo das histórias lidas antes de dormir”, conforme refere a autora. Tecido por 8 anos de memórias dos melhores momentos de leitura a par no colo da mãe que nasceu com os seus filhos, é que “quando nasce um bebé, nasce ao mesmo tempo, uma mãe - uma pessoa nova para descobrir, e que se começa a ver ao espelho no filho. As leituras de colo na Biblioteca, que se prolongavam em casa e continuam a marcar a rotina do final dos dias de semana, permitiram um espaço de plena atenção onde as palavras criaram pontes para os temas do coração”. O livro foi, por isso, escrito, ilustrado e cosido pelo fio infinito das cumplicidades leitoras entre mãe e filhos. 

Teresa Revez, 39 anos, natural de Beja, mãe de dois filhos, revela a razão da escolha do título “Infinito”: é inspirado na vela de aniversário dos 8 anos do filho Manel e nos dias em que se mudarmos a perspetiva o oito pode ser o infinito.  

Formada em Marketing, Teresa Revez traz para este livro o melhor de dois mundos. As raízes das histórias de colo e dos afetos, da presença e da textura dos livros, mas também a força e a simbologia das novas tecnologias através da relevância das suas palavras chave. Acrescenta por isso um hashtag para lançar esta “message in a bottle” num mar de muito bons livros infanto-juvenis e mostrar o poder das pequeninas coisas ou do que pode acontecer se acreditarmos que nada nos impede. 

#nadateimpede significa para a autora “o poder das histórias que lemos e em que nos lemos”. 

INFINITO [isto não é um livro]: uma história de afetos e caminho verdadeiro que nos coloca na pele de uma vela de aniversário que decide ver o mar. Pisca o olho ao adulto, deve ser lido ao colo e convida a um infinito de possibilidades de leitura nas entrelinhas. 

 

Sobre a autora

Teresa Revez, 39 anos, mãe do Manel (8 anos) e do Zé (2 anos). Nasceu em Beja, formada em Marketing, trabalha na área da Comunicação e vive em Beja, para onde decidiu regressar há 11 anos. “Se estivesse à espera do "clique" para ser mãe ainda hoje não saberia a grande aventura que estava a perder. E é assim... quando nasce um bebé, nasce ao mesmo tempo uma mãe - uma pessoa nova para descobrir e que se começa a ver ao espelho no filho.” As leituras de colo na Biblioteca, que se prolongavam em casa e continuam a marcar a rotina do final dos dias de semana, permitiram-lhe criar um espaço de plena atenção onde as palavras criaram pontes para os temas do coração, que considera “importantes para arrumar a cabeça depois de grandes dias.” Acredita no poder dos mimos e do colo, na dose certa, sem colocar os filhos no topo da pirâmide. “Esse lugar deve ser o da mãe para não ser apenas um bocadinho mãe, um bocadinho mulher, um bocadinho profissional e um bocadinho amiga.” E conclui “uma coisa é acreditar, outra é fazer e há dias em que isto tudo se baralha. Parece mesmo que vida se desarruma para a podermos arrumar.”  

Sobre o livro:

Pede-me a Teresa umas linhas que deem colo ao objecto narrativo que criou e que sai agora do íntimo da casa, da teia de afectos e cumplicidades leitoras de mãe e filho, para fazer outro caminho. Um projecto de autor que se afirma como um testemunho sobre o papel das vivências artísticas e da criatividade no desenvolvimento da infância. Um projecto de esperança na qualidade da relação parental para o empoderamento da infância. Uma pedra atirada a um charco que gera ondas concêntricas, infinitas e que nos convidam a pensar onde poderemos chegar quando acreditamos que nada nos impede.

Infinitos são os caminhos de um livro dentro de um leitor. Infinito seja o caminho deste objecto nas vossas mãos.

Cristina Taquelim (revisão)

Testemunhos:

Existem em nós infinitas possibilidades de ser. Viver consiste em descobrir e decidir que parte queremos, dentro de nós, cultivar. Este livro é uma dessas formas infinitas de ser. É amor, consciência, conexão e aceitação. É relembrar que todos os dias podemos ser a forma do infinito.

Ana Catarina Gaspar, Psicóloga Clínica (OPP 21059

Adoro perspetivar a vida como um livro em aberto. Adoro levantar questões, ter dúvidas, sentir-me humano ao errar, cair, levantar-me, sacudir o pó e tentar novo caminho. E há infinitos caminhos na vida, como num livro. Adoro saber que há Teresas no mundo que se atrevem a trilhar infinitos desconhecidos, que se empenham em escalar os medos para simplesmente se sentarem no lado da mesa em que o copo parece meio cheio. Ninguém sabe tudo. Aliás, só sabemos mais quando nos juntamos a tentar desvendar as dúvidas individuais. E nada nos impede de as revelar. Ter dúvidas e procurar caminhos não é vergonha, é coragem. Isto não é um livro, é um manual de sobrevivência para miúdos e graúdos.

Nuno Figueiredo, Músico  

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