Trabalhadores manifestaram-se em Beja a exigir aumento geral dos salários
Trabalhadores de vários pontos do distrito e de diversos setores manifestaram-se, hoje, em Beja. Uma ação dinamizada pela União de Sindicatos do Distrito de Beja realizada no âmbito do Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta decretado pela CGTP-IN.
Antes do desfile a pé que ligou a Casa da Cultura à Praça da República os trabalhadores aprovaram a Resolução “Pelo aumento geral dos salários! Contra o aumento do custo de vida e pelo controlo dos preços!”
De acordo com o documento “os trabalhadores e as populações estão
confrontados com o agravamento das suas condições de vida, com os preços de
bens e serviços essenciais a aumentar ainda mais” é ainda acrescentado que “o
aumento do custo de vida e a contínua escalada de preços, os insuportáveis
aumentos das taxas de juro dos créditos a habitação, a perda real e muito
significativa do poder de compra de quem trabalha e trabalhou, anda a par e
passo com a contínua e injusta acumulação de lucros dos grandes grupos
económicos potenciada pela especulação.”
Por isso, é considerado que “é preciso ir muito para além de medidas pontuais e de caracter assistencialista” e “urgente aumentar os salários e as pensões e regular os preços dos bens alimentares, da energia, dos combustíveis e de outros serviços essenciais.”
Ainda segundo a Resolução “o Governo não responde aos problemas estruturais que o País enfrenta e avança com medidas muito insuficientes para resolver as dificuldades do dia-a-dia com que os trabalhadores, reformados e pensionistas estão confrontados e, ao mesmo tempo, deixa intocáveis os lucros das grandes empresas e dos grupos económicos e financeiros.”
É também
afirmado que “é possível viver melhor no nosso País” e que “são precisas respostas
imediatas ao agravamento da situação por via do brutal aumento do custo vida, é
essencial para o país a valorização do trabalho e dos trabalhadores e, por isso,
é urgente o aumento dos salários e pensões no imediato, a fixação de limites
máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária
sobre os lucros colossais das grandes empresas.”
Para além das medidas imediatas, os trabalhadores exigem, no quadro das reivindicações para 2023, o aumento dos salários em, pelo menos, 10% e não inferior a 100 euros, para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões, a fixação dos 850 euros para o Salário Mínimo Nacional com referência a janeiro de 2023, a efetivação do direito de contratação coletiva, as 35 horas para todos e combate à desregulação dos horários, a erradicação da precariedade, a revogação das normas gravosas da legislação laboral, o aumento de todas as pensões e reformas, que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização e o reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado, o direito à habitação.