De acordo com o município “a escavação arqueológica revelou poucos materiais no seu interior, essencialmente fragmentos de cerâmicas de construção como tijolos e telhas, mas também algumas cerâmicas vidradas do período islâmico, bem como artefactos de época romana, ossos de animais (restos de alimentação) e pregos em ferro.”

É ainda acrescentado que “a fragilidade da rocha local terá levado ao desabamento parcial das paredes dos silos, encontrando-se fragmentos de rochas no interior dos silos, razão para a sua desativação e consequente encerramento.”

A Câmara Municipal de Serpa recorda ainda que “durante a época islâmica Serpa encontrava-se rodeada por uma fortificação em taipa, subsistindo algumas partes sob a Torre da Horta e um troço da muralha entre a Rua da Barbacã e a Torre do Relógio” Ainda assim, são muito escassos os vestígios islâmicos descobertos em Serpa, que se resumem a alguns materiais recolhidos em trabalhos no Castelo, no Largo de São Paulo e no Largo Condes de Ficalho, para além de uma lápide que se encontrava reaproveitada na Porta Nova (atualmente no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa).

A descoberta deste conjunto de silos vem revelar mais alguns “dados sobre um importante período da história de Serpa, ainda mal conhecido, e que pode indicar que a atual zona da Praça da República era utilizada como área de celeiro, em espaço exterior à fortificação islâmica.”

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