Ucrânia: Barrancos lança bolsas de alojamento para acolher refugiados
A Câmara de Barrancos está a dinamizar bolsas de alojamento e de famílias de acolhimento para alojar e acolher refugiados da Ucrânia, havendo já condições para receber 18 pessoas.
As bolsas estão a ser dinamizadas com a comunidade local, através do regime excecional para refugiados da Ucrânia no âmbito do programa do Governo de apoio ao alojamento urgente “Porta de Entrada”, explicou à agência Lusa o chefe da Unidade de Ação Sociocultural da Câmara de Barrancos, Jacinto Saramago.
Atualmente, o concelho de Barrancos pode receber até 18 refugiados, nos dois alojamentos e nas casas das quatro famílias de acolhimento já inscritos nas bolsas, precisou.
Segundo Jacinto Saramago, até hoje, a bolsa de alojamento conta com dois alojamentos particulares inscritos, nomeadamente um alojamento local e uma moradia unifamiliar, nos quais podem ser alojadas, respetivamente, seis e quatro pessoas, num total de 10.
Na bolsa de famílias de acolhimento, já se inscreveram quatro agregados familiares interessados em acolher refugiados, tendo cada um disponibilizado um quarto nas respetivas casas com capacidade para duas pessoas, o que perfaz um total de oito pessoas.
O responsável indicou que o município já transmitiu estas disponibilidades ao Alto Comissariado para as Migrações, que “está a coordenar o acolhimento e a distribuição de refugiados da Ucrânia em Portugal”, e à Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo.
De acordo com o município, os proprietários de habitações ou alojamentos no concelho interessados em disponibilizá-los ou arrendá-los, mobilados ou não, para alojar refugiados da Ucrânia podem integrar a bolsa de alojamento.
Já a bolsa de famílias de acolhimento pode ser integrada por agregados familiares disponíveis para acolher refugiados da Ucrânia, nomeadamente crianças, jovens e casais com ou sem filhos.
Os interessados em integrar as bolsas devem preencher e entregar os formulários próprios na Unidade de Ação Sociocultural da Câmara de Barrancos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.