Segundo a Câmara de Odemira, em comunicado enviado à agência Lusa, “a maior parte” dos refugiados foi alojada no Colégio de Nossa Senhora da Graça, em Vila Nova de Milfontes, e “há também vários alojados com familiares e amigos da comunidade ucraniana residente no concelho”.

O município referiu que está a acompanhar a situação da guerra na Ucrânia e dos refugiados que chegam ao concelho, “em estreita articulação com os vários organismos nacionais e locais” e “com o objetivo de minimizar o impacto e apoiar a população deslocada”.

O Colégio de Nossa Senhora da Graça já é apoiado pela Câmara de Odemira, no âmbito de refeições e material escolar, e estão a ser analisadas outras formas de apoio, indicou o município.

Para apoiar os refugiados que chegam ao concelho e a população local que pretenda colaborar, o município criou e disponibiliza, no seu sítio na Internet, uma área denominada “SOS Ucrânia” e que contém “informação importante”.

A área centraliza e sistematiza informação sobre apoios e serviços para a comunidade ucraniana, contactos para registo e sinalização de necessidades, informação sobre pontos de recolha de bens de primeira necessidade e ofertas da comunidade ao nível de emprego e habitação.

Os interessados em acolher refugiados no concelho de Odemira, a título empresarial (em alojamentos turísticos, por exemplo) ou particular, através do regime excecional para refugiados da Ucrânia criado no âmbito do programa do Governo de apoio ao alojamento urgente “Porta de Entrada”, podem preencher o formulário ‘online’ disponível na área.

São também disponibilizados os contactos do Serviço de Ação Social da Câmara de Odemira para qualquer esclarecimento.

O município indicou que “tem estado em contacto com várias entidades diretamente envolvidas nas respostas aos refugiados ucranianos” e, na terça-feira, decorreu uma reunião de coordenação para “articular medidas e respostas necessárias para o melhor acolhimento”.

Desta forma, “o município de Odemira constitui-se como uma ponte entre os vários atores do território e a população que precisa desta ajuda”.

“O concelho de Odemira disse presente desde a primeira hora na mobilização da sociedade civil para apoio à população da Ucrânia”, frisou o município.

Segundo a autarquia, no concelho, já foram dinamizadas várias campanhas de solidariedade para ajudar a população da Ucrânia, lideradas por associações, instituições e juntas de freguesia.

De acordo com os mais recentes dados oficiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, e que reportam a dezembro de 2021, residem 355 cidadãos de nacionalidade ucraniana no concelho de Odemira.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

 

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