Unidades hoteleiras no Alentejo com ocupação inferior ao esperado
Numa ronda efetuada pela Lusa junto de algumas unidades hoteleiras no Alentejo, foi possível perceber que as taxas de ocupação para o período de passagem de ano não são ‘famosas’.
Na cidade de Beja, o BejaParque Hotel, de quatro estrelas, anulou a festa de passagem de ano e os pacotes de alojamento associados, porque teve “muito menos procura” em relação a outros anos e houve cancelamentos de reservas “à medida que a situação pandémica se foi agravando”, disse o dono da unidade hoteleira, João Rosa.
O hotel também teve “algum receio” de realizar a festa, devido “ao risco mais elevado” de contágio do vírus que provoca a covid-19, pelo que a taxa de ocupação no período de passagem de ano “é muito baixa”.
Segundo João Rosa, também presidente da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, o panorama é semelhante noutros hotéis da região e do resto do país, onde, “nos últimos dias, tem havido muitos cancelamentos de última hora”.
Em Évora, o hotel Convento do Espinheiro, de cinco estrelas, admitiu à Lusa ter registado “alguns cancelamentos”, embora esteja a ter “alguma recuperação com reservas de última hora”, e mantém o pacote de passagem de ano, que inclui duas noites de alojamento com jantar e festa na sexta-feira.
No litoral alentejano, fonte do Troia Residences, em Tróia, no concelho de Grândola explicou que, este ano, “não tem havido muitas reservas”, ao contrário de outros anos, sem restrições devido à pandemia de covid-19.
Em Tróia, “muitos serviços e estabelecimentos estão fechados e, por isso, não tem havido muitas reservas” para a passagem de ano, revelou a mesma fonte do hotel de cinco estrelas, que “estará a funcionar normalmente” e não programou “qualquer festa” para comemorar a entrada no novo ano.
No Hotel Soltroia (Grândola), a procura de quartos também está aquém das expectativas para esta altura do ano, “com algumas reservas, muitos telefonemas e muitas perguntas sobre o funcionamento” da unidade de quatro estrelas.
Em anos anteriores, segundo a responsável da unidade, Cátia Santos, a procura era tanta que se recusavam reservas, mas, este ano, “as pessoas têm medo e preferem ficar em casa”