Designada Évora Molten Salt Platform (EMSP), a infraestrutura é desenvolvida e operada em parceria com o Instituto de Investigação Solar do Centro Aeroespacial Alemão (DLR na sigla em alemão).

A Universidade de Évora anunciou em comunicado que a infraestrutura “é pioneira na utilização de sais fundidos como fluido de transferência térmica em centrais solares de concentração”.

A cerimónia de inauguração da EMSP, localizada na envolvente do Polo da Mitra da UÉ, terá a presença do secretário de Estado do Ambiente e Energia, João Galamba, e de um representante do governo alemão, entre outros responsáveis, segundo a universidade.

Na EMSP, “ao contrário das centrais convencionais, que utilizam óleo térmico como fluido de transferência de calor no campo solar, foi adotado o uso de sais fundidos em toda a central”, adianta a UÉ no comunicado.

Esta técnica constitui um “avanço tecnológico que permite um aumento da temperatura de operação e do rendimento de conversão termoelétrica”, face às centrais convencionais com óleo térmico, explicou a UÉ.

“Dotada de armazenamento térmico de grande capacidade, esta tecnologia permite não apenas uma redução do custo final da eletricidade, mas também o seu armazenamento e despachabilidade em períodos noturnos, podendo até cobrir as 24 horas diárias”, acrescenta a universidade.

O campo solar da EMSP é “constituído por 36 coletores cilindro-parabólicos de grande dimensão, com um comprimento total de 684 metros e uma potência nominal de 3,4 megawatts (MW) térmicos”.

“Dispõe de um circuito hidráulico solar, onde circulam sais fundidos”, sendo o sistema de armazenamento “composto por dois tanques, um frio e outro quente, com uma capacidade de 35 metros cúbicos cada”, referiu.

A infraestrutura contempla ainda “um tanque experimental de armazenamento térmico, recorrendo a materiais inovadores, com um volume de 30 metros cúbicos”.

Na EMSP, vai ainda ser instalado um campo de concentradores solares do tipo Advanced Linear Fresnel Refletor (ALFR), com 28 metros quadrados, que irá utilizar sais fundidos como fluido de transferência de calor e como meio de armazenamento de calor, indicou a universidade alentejana.

“Esta infraestrutura funciona como campus experimental de ensaios na área de geração termoelétrica solar, sendo uma infraestrutura única em Portugal”, destacou também a UÉ.


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