Utentes do Litoral Alentejano preocupados com impacto do aumento de combustíveis
A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano manifestou-se preocupada com o impacto da subida dos custos dos combustíveis, gás e eletricidade nas condições de vida da população, defendendo soluções para a diminuição dos preços.
“O permanente aumento dos preços dos combustíveis e os preços praticados no gás e eletricidade estão a conduzir ao agravamento das condições de vida da população", nomeadamente "aqueles que têm baixos salários e pensões”, referiu a estrutura, em comunicado enviado à agência Lusa.
Para o porta-voz da comissão coordenadora, Dinis Silva, estes aumentos refletem-se também “nos bens alimentares”, afetando “o poder de compra” de quem “tem salários e reformas mais baixas”.
“Cada vez que os utentes se deslocam a uma bomba de combustível ou compram gás de botija, que é o mais frequente no litoral alentejano, têm assistido ao aumento dos preços e ficam indignados com essa situação”, relatou.
No seu entender, o Governo “devia olhar para os trabalhadores e população em geral” e reduzir “estes preços” no setor energético.
“É incomportável que as pessoas paguem eletricidade ou gás com uma taxa de IVA a 23%, como quem compra um Ferrari", disse o responsável, criticando "os preços que estão a ser praticados em Portugal” ao nível da energia.
Considerando ser “urgente e necessário acabar com a especulação dos preços praticados”, os representantes dos utentes no litoral alentejano defenderam “a reabertura” da refinaria da Galp em Matosinhos e das centrais termoelétricas.
“Está mais do que provado que só através da integração das empresas Galp Energia e EDP no setor empresarial do Estado existirá uma redução dos preços da energia”, lê-se no comunicado.
Por isso, as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano exigiram ao Governo o fim da liberalização do preço dos combustíveis e do adicional do ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos) e da dupla tributação dos impostos sobre a energia.
A redução do IVA de 23% para 6% no gás natural e de botija e na eletricidade e a adoção do regime de preços máximos, assim como o alargamento do acesso à tarifa regulada na eletricidade, foram outras das reivindicações.