O protesto é promovido, a partir das 18:30, no largo junto à extensão de saúde, pela Comissão de Moradores da Mina de São Domingos, neste concelho alentejano.

Esta valência encerrou a 26 de março do ano passado e só reabriu no passado dia 21 de junho, mas funcionando apenas às quartas-feiras e não três vezes por semana, como anteriormente.

Segundo anunciou a Câmara de Mértola, numa publicação na sua página na rede social Facebook, no dia 16 deste mês, são agora realizadas nesta extensão de saúde “10 horas de consultas pré-agendadas, num mesmo dia”, das 09:00 às 19:00.

“Estas 10 horas representam cerca de 35 consultas, em contraponto com as cerca de 50 semanais em anterior período de funcionamento do posto médico”, acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Comissão de Moradores da Mina de São Domingos, Joaquim Marques, argumentou hoje que este horário de funcionamento é “insuficiente em termos de serviço” para uma população com “cerca de 800 pessoas”

O responsável assinalou que esta situação obriga a população, em caso de necessidade, a ter de recorrer aos serviços de saúde em Mértola ou em Serpa, o que implica “mais gastos” por parte de quem recebe “reformas precárias” e “que já não chegam para a medicação”.

“Tudo isto nos faz lutar pelos que não têm voz, que são os idosos”, acrescentou Joaquim Marques.

Durante a vigília, a população vai exigir “a retoma do serviço que existia” até março de 2020, ou seja, consultas médicas “três dias por semana, com a presença de um médico e um enfermeiro”.

O encerramento da extensão de saúde de Mina de São Domingos levou o Parlamento a aprovar, no dia 20 deste mês, um projeto de resolução, apresentado pelo PCP, a recomendar ao governo a reabertura, “de imediato”, do serviço, “procedendo à necessária dotação de recursos humanos”.

O projeto de resolução exige também que seja incrementada “a resposta” nesta extensão de saúde, “particularmente no período balnear, com alargamento de horários, incluindo abertura aos fins de semana”.

A atribuição de médico e enfermeiro de família “a toda a população do concelho de Mértola” e o reforço do “número de trabalhadores no centro de Saúde de Mértola” são as outras reclamações constantes do documento.

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