Vila de Mértola espera milhares de visitantes no Festival Islâmico
Milhares de visitantes são esperados no Festival Islâmico de Mértola, que regressa nesta quinta-feira para, durante quatro dias, “celebrar a interculturalidade” e a “relação histórica” da vila alentejana com o mundo árabe.
Promovida pela Câmara Municipal de Mértola, a 11.ª edição do festival pretende comemorar “a herança islâmica” e reviver as vivências da vila quando se chamava Martulah e era um importante porto comercial nas rotas do Mediterrâneo.
“Este é um evento marcante para toda a região” e também “o maior e mais importante evento de Mértola, com uma dimensão que ultrapassa as próprias fronteiras do país”, realçou à agência Lusa Mário Tomé, presidente do município alentejano.
Nesse sentido, o autarca afiançou que, até domingo, são esperados “milhares de visitantes” no certame, que é “extremamente relevante” para a economia do concelho.
“Seja pelas receitas que deixa na economia local, seja pela promoção cultural do território assente nesta herança islâmica”, frisou.
Mário Tomé destacou ainda que, este ano, o festival “estará um pouco diferente” e com “uma nova configuração”, partindo do centro histórico “para a envolvência do Largo Vasco da Gama e ruas que lhe dão acesso, já na parte ‘nova’ da vila”.
Um dos destaques do 11.º Festival Islâmico de Mértola, previsto para 2021 mas adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, vai voltar a ser o ‘souk’ (mercado ao ar livre), “com ruas cobertas de panos e caniços” e que vai realizar-se “entre a alcáçova e os arrabaldes do centro histórico”.
A música é outro dos atrativos do evento, com concertos ao longo dos quatro dias, no Anfiteatro do Castelo, no Largo Vasco da Gama e no Cais do Guadiana, onde terá lugar o espetáculo de abertura, às 22:30 de quinta-feira, com Celina da Piedade, Ana Santos, Eduardo Paniagua Ensemble e Grupo Coral da Mina de São Domingos.
Pelos palcos do festival, vão ainda passar, entre outros, os grupos Tamikrest (Mali/ Niger/ Argélia/ França), Trio Alcatifa (Portugal), Al Qasar (França/ Marrocos/ Argélia/ Egito/ EUA) e Hey Douglas (Turquia).
O programa inclui também exposições de pintura, fotografia, instrumentos de corda e de cerâmica islâmica, assim como oficinas de cante, instrumentos de percussão, cestaria, cerâmica, azulejaria, esteiraria ou de aromas e sabores, entre outras.
Ao longo do evento, terão igualmente lugar diversas conferências, atividades para os mais novos e visitas guiadas à horta biológica e ao Convento de São Francisco.