Na cerimónia de inauguração, marcada para as 10.30 horas, estão previstas as presenças do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e do presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade

A inauguração prevê uma cerimónia no coroamento da barragem do Alqueva, entre os concelhos de Portel (Évora) e Moura (Beja), seguindo-se uma visita de barco à central solar flutuante, de acordo com a EDP.

A central solar flutuante é constituída por “perto de 12 mil painéis fotovoltaicos” e foi deslocada, em 05 de maio, desde a margem até à zona definitiva da albufeira, explicou à agência Lusa a EDP, em esclarecimentos prestados através de correio eletrónico.

Aí, “foi ancorada para ser posteriormente ligada à rede” e entrar em operação este mês, acrescentou a empresa, indicando que a central “levou cerca de sete meses a ser montada e a entrar em operação”.

Há cerca de cinco anos, a EDP lançou o então primeiro projeto de solar flutuante numa albufeira de barragem a nível mundial, no Alto Rabagão, no distrito de Vila Real, “cujo sucesso permite agora alavancar projetos de maior escala”.

O projeto do Alqueva é, pois, “o maior parque solar flutuante em albufeira de barragem na Europa”, realçou a empresa portuguesa, “pioneira a nível europeu no desenvolvimento da tecnologia de solar flutuante”.

“A tecnologia solar flutuante é uma inovação decisiva no aproveitamento de recursos e na expansão de energias renováveis, que contribuem para reduzir a dependência energética de outras fontes e acelerar o processo de descarbonização”, argumentou.

Este novo projeto em Alqueva, que envolve um investimento total de seis milhões de euros, “está em linha com a estratégia da EDP de ser 100% verde até 2030 e de aumentar o investimento em projetos de inovação e de renováveis”, destacou.

Segundo as estimativas, a central solar flutuante na albufeira alentejana, com uma potência de 5MW (megawatts), deverá produzir cerca de 7,5GWh/ano (gigawatts por hora/ano).

“A expectativa é que venha a abastecer o equivalente a mais de 30% das famílias da região (Portel e Moura), o que corresponde a cerca de 1.500 famílias (média de quatro pessoas por agregado)”, indicou a EDP.

A plataforma ocupa quatro hectares, “o equivalente a cerca de 0,016% do espaço total da albufeira do Alqueva”, referu.

O projeto de solar flutuante nesta albufeira inclui ainda a instalação de baterias com uma capacidade de armazenamento de cerca de 2MWh.

Os flutuadores da central, produzidos por uma empresa espanhola, incluem compósitos de cortiça desenvolvidos pela Amorim Cork Composites, da Corticeira Amorim, os quais “estão a ser testados pela primeira vez neste parque solar”.

Esta inovação, além de contribuir para reduzir o peso da plataforma em 15%, ajuda a diminuir a pegada de dióxido de carbono (CO2) do projeto em cerca de 30%, indicou a EDP.

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