Produção de amêndoa nacional aumentou quase 40.000 toneladas em 12 anos
A produção de amêndoa em Portugal cresceu quase 40.000 toneladas entre 2010 e 2022, devido ao aumento da área de amendoal no Alentejo, Beira Interior e Trás-os-Montes, com o Algarve a perder a sua tradicional representatividade.
Segundo dados enviados à Lusa pelo Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS), a produção de amêndoa com casca em Portugal passou de 7.012 toneladas em 2010 para 46.215 toneladas em 2022 (últimos dados).
Por sua vez, a produção de amêndoa sem casca ascendeu a 10.398 toneladas em 2022, acima das 1.578 toneladas contabilizadas em 2010, sendo que um quilograma (kg) de amêndoas com casca, equivale a 0,225 kg sem casca.
“A produção de amêndoa em Portugal tem tido um crescimento acentuado nos últimos anos, em resultado da forte renovação dos pomares de amendoeira observada em Trás-os-Montes, ao aumento da área de amendoal nesta região, mas principalmente devido ao forte aumento da área de amendoal no Alentejo e Beira Interior, com potencial produtivo devido à rega”, apontou, em resposta à Lusa, o presidente do CNCFS, Albino Bento.
Já a área de produção mais do que duplicou, no período em análise, de 26.842 hectares para 63.884 hectares.
Em Portugal, as principais regiões produtoras de amêndoa são Trás-os-Montes (26.770 hectares) e o Alentejo (26.698 hectares).
No total, Trás-os-Montes e Alentejo representam 84% da área de amendoal no país.
Apesar do aumento verificado na produção, as alterações climáticas têm sido um desafio para os produtores portugueses, uma vez que o aumento da temperatura no inverno tem causado uma floração antecipada, aumentando assim o risco de perda de produção com as geadas.