TU ÉS LIVRE. É, PORTANTO, DO TEU DEVER LIBERTARES-TE

Podemos gostar ou não gostar do estilo, mas existem músicas que “ficam” na nossa cabeça (melodias INMI - INvoluntary Musical Imagery). Com melodias “fáceis” (notas longas; pequena variação de intervalo) e de refrão ainda mais “fácil” (para que possa ser cantado por muitas pessoas e em conjunto), enquadram-se num universo designado de música pop, comercial, cujo propósito é vender muito e gerar o maior retorno financeiro possível. A letra e a mensagem são pouco relevantes. O que efectivamente interessa é que “entrem no ouvido” de quem as ouve, para que as comecem a cantar. À semelhança de outro qualquer produto destinado às massas e que busca ter sucesso comercial, este tipo de música é cada vez mais, “mais do mesmo”, ou seja, totalmente previsível. Face a esta realidade, no geral, os músicos têm duas legítimas alternativas (e uma terceira, se entenderem fazer um mix): ou se encaixam, produzindo de acordo com esta “fórmula”, ou rejeitam esta forma de trabalhar, e continuam a procurar novos caminhos, outros ritmos, novas melodias, outras harmonias, letras com representação e significado, motivados pela vontade de oferecer um (outro) sentido, maior, à música. Os que escolhem esta segunda opção, têm normalmente um caminho árduo à sua frente (existem gloriosas excepções), de alguma solidão.  Em regra, perdem dinheiro; ganham liberdade.

É claro que esta questão não se esgota por aqui. Existem outros aspectos que importaria introduzir caso o objectivo fosse, agora, desenvolver que tipo de construção cultural existe ou se pretende para o nosso país e, depois, para cada região, onde a existência - ou inexistência - de estratégias culturais é por demais importante. Mas isso “são outros quinhentos”.

Para já, e com os votos de uma excelente rentrée, deixo-vos com um vídeo que mostra como a música pop é feita na base de uma enorme simplificação. No caso, de 4 variações de 4 acordes. 

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